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Bruno Levhiatan Muscal Almada

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Príamos

Consciência, quanto mais ainda pode suportar? uma pequena fagulha, uma imensa cortina antes da grande queda. Agora está aqui plena em toda fúria, e não há nada que se possa fazer pra tranquiliza-la de novo.
Observe os pássaros que voam sobre este céu, o sol que queima a pele e ferve a carne e sangue; A grandeza de um mundo leproso, um lugar onde você pode esquecer a realidade...
... Lagrimas de condenado simplesmente não traduzem tudo o que só é possível na morte. Mostre piedade e ceda-me o véu que afastará a prisão, logo agora com tanta vida, a mesma vida tão breve que aqui ainda reside e a qual eu peço pra que me traga serenidade.
Um corpo sem forças, falido, a imagem do próprio homem e das suas muitas falhas; Dos muitos erros a ele acorrentados, a face do que somos e de quem fomos.
Apenas pranto, sensações nostálgicas a medida que cheia a lua se eleva.
O ódio despertou com sua ira intensa, uma imensa tocha...
...E todo desejado é saber, saber se há algo que possa acalma-la outra vez.

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