Páginas

Bruno Levhiatan Muscal Almada

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Jogo Perigoso


Como sempre eu fico passeando pelo fio da navalha da vida me arriscando neste jogo perigoso, um jogo que eu jogo, e vou jogar até morrer...ou será que isso são apenas ilustrações na revista da vida?! Duvido que haja resposta pra isso.
Eu quero apenas olhar pra mim e gostar de me sentir morto dançando suavemente pelo fio; é muito fácil comer essa comida quando já se está morto, essas coisas fazem uma grande bagunça, dessas difíceis de arrumar depois, ai você pode olhar ao seu redor e ver em todos os lugares o estrago que isso pode fazer...tudo que eu quero é tirar esse olhar de cima de mim.
Mais não posso deixar de ver e nem de pensar; afinal todo mundo quer se apaixonar hoje em dia, mais aqui não tem espaço para o amor, não em um céu tão gris tingido pela fuligem e vivendo de maneira vulgar apenas observando esse escuro como se desejasse ver luzes.
Dai por diante você quer ver o mundo de cima e das torres que isolam você do mundo real pode-se ver tudo, até as falecidas torres, vitimas desse desamor tirano e egoísta que deseja lhe transformar em um insensível autômato.
Acho que ele está deixando de existir, duvido que ainda exista em qualquer lugar, mais nada se pode fazer porque ficamos aqui apenas a observar o escuro como se desejássemos ver as luzes...isso tudo só nos torna desprezíveis criaturas nos atacando todo o tempo e ferindo mortalmente e internamente, essa ciranda de repetição nunca acaba e nos leva mais e mais.
E o jogo em que vivemos não para! Ele apenas diz: deixe de lado tudo o que você é não ligue para nada (ele quis dizer para ninguém!) e você quis dizer e talvez estar em qualquer lugar. Tudo isso enquanto pessoas esperam se apaixonar e outras observam que aqui não há mais espaço para o amor, porque agora os nossos olhos estão cobertos, cobertos pela mesma fuligem que tingiu o céu de gris e nem sabemos se as luzes vão aparecer; estamos em uma era de egoísmo e vulgaridade e tudo o que sabemos fazer é admirar esse escuro terrível como se observássemos as luzes, mas não da pra perceber...

Basta observar a televisão.

Nenhum comentário:

Postar um comentário