Páginas

Bruno Levhiatan Muscal Almada

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Finito Infinito




A nova chance se esgotou...
A pior dor se foi...
O fim de um começo interminavél...
A nova era se tornou antiga em segundos.
O recuo de um avanço incalculado...

Tudo com prazo de válidade, não pode ser reciclado
Tudo com tempo indeterminado, não dura tempo bastante para perceber sua ausência
Não calculo, passo para o outro lado, sem ter noção de onde estava...

O maior prazer sempre será o próximo a se sentir...
A maior perda sempre será a próxima adquirida...
A maior dor sempre será a que se aproxima...

A antecipação de um fim
O finito infinito de possibilidades, que se arrastam em encontros desencontrados...
O entendimento de algo irreconhecível...

Basta entender uma vez, para nunca mais esquecer...
Sempre faltará apenas um passo para se voltar quilômetros...
Basta apenas nascer para morrer aos poucos.

Trocaria um segundo bem vivido por uma vida inteira perdida.
Deixaria tudo para trás, pelo retorno daquele momento...





                                                                            Bruno Levhiatan (22/11/11)

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Bons tempos


Bons tempos
Um dia foi moda agora é somente o passado.
Abandonou tudo de grandioso que podia ser.
Em troca entrou em crise e tornou-se comum.
Tudo parece em ordem no meio do buraco negro.
Pessoa alguma e nem coisa alguma será como no passado.
Algumas coisas foram mesmo de se desprezar...
...porém foram o melhor que se pôde ter!
Vestígios de memorias e sonhos estúpidos, não tanto quanto pareciam, quando sonhamos isso?
Tem coisas que é melhor esquecer, abandone o sentimentalismo, haja como um cavalheiro ao avesso.
Foi tudo que restou e agora é o melhor que poderíamos ser. Onde foi todo mundo? Aonde?
Você abandonou tudo sem olhar para trás...
Você apenas deu um sorriso...
Você não volta mais.
Um dia foi moda agora é somente o passado. Abandonou tudo de grandioso que podia ser; selvageria se converteu em bondade, não há nenhuma beleza aqui só vestígios de alguém que agiu como canalha.

Flor de Lótus




Esconderia as descobertas, se elas não estivessem tão aparentes, a próxima vez que encontrar a velha resposta, guardarei-a. Muito do que se aprende é apenas para ser absorvido, expelir fragmentos de restos de banais percepções, não o farão melhor, talvez deixe-o funesto...
Guardarei agora o depois, esperarei acontecer tudo aquilo que já vivi outrora, inspirarei do melhor ao pior, sem libera-los...

Olharei menos, observarei mais...
Respirarei menos, inspirarei mais...

Depois de um certo tempo o pesar, nem dói mais, aí aproxima-se o melhor...
Depois de um certo tempo, reviramos todo o lixo guardado, depois de mais um tempo estaremos atolados em nosso lixo, sentimentos frívolos, são antigos objetos que não pode-se reciclar...
O seu aroma desagradável está impregnado em seu falho olfato.

Esquecer de onde veio, não te cria um novo nascimento...
Mudar sua origem, não desvia o seu caminho final...

Depois de um certo tempo o remorso, nem dói mais, aí aproxima-se o melhor...
Tome seu caminho e eu continuarei... nos veremos nas "sombras" ...
Nascerá uma flor de lótus depois de todos mortos...

Dos piores pesadelos nascem os melhores sonhos.
Dos bons acordos, nascem os piores desfechos...

Encontrarei o ponto a favor, a favor do ponto contra...



                                                                              Bruno Levhiatan 08/11/11

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Reflexo Insano


Sabe todo esse vazio que você é e sente?
Pois ele é real!
Tem a sensação de que perdeu ou está perdendo algo, já se repetiu isso inúmeras vezes?
Realmente está perdendo!
A impressão é de que o mundo estagnou mais com tantas tentativas não há como negar...
Todos sabem que enlouqueceu!
Quer saber quanto tempo perdeu, quanto tempo pode se esconder de si mesmo ou do que é?
A resposta é não muito!
Olhe ao seu redor...perdido em uma estrada fria e húmida procurando um rumo que vai te levar para casa.
Todos sabem que enlouqueceu, porém você não sente nada, melhorou?...
...Não!
Todos sabem que enlouqueceu. (Sorriso Frenético)

Confusão Elevada (Apático)


Sentimento de inutilidade
Mas não havia outro modo de remediar, curar o pobre capricho ao qual foi jogado.
Vou amanha. Estou indo agora!
Vamos agora! Venha jogar comigo e deixar que outros se percam.
Vencer perturbaria tudo, não faz diferença, você é indiferente.
Eu poderia guardar vocês no meu interior, mas eu sei que vocês precisam se libertar...
...então libertem-se de si mesmos.
Uma penitencia auto infligida. Quanta surpresa em uma habilidade inútil.
Vejo como luzes na cidade toda essa dor pelo caminho.
Se isto não for a dor mesmo assim deve doer...
Eu entendo que se você quer ser livre deve se livrar de si mesma...
...Eu poderia guardar vocês em meu interior, mais sei que vocês precisam se libertar...
...Sejam livres pra se matar.

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Subsistir "Burnout"




Para quem, se contenta com tão pouco, você já teve muito de mim...
Para quem, sempre rasteja em pensamentos, já te ergui muito mais do que você merecia...
Para quem, sempre está correndo, já te travei o bastante...
Para quem, não conhece muito o pouco que lhe mostrei já foi o suficiente.
Para quem, mal se expressa em uma hora de conversa, três sílabas minhas te compensaria...
Para quem, ainda que esteja acordada, sonha com meus piores pesadelos, você já sonhou o bastante...
Para quem, o paraíso é seu maior presente, passe pelo inferno adimirando-o, como o atravessei.
Para quem, perde-se em sí, não tente se encontrar em mim...

O caminho é longo e o tempo sempre será curto.
O tempo se alonga, quando me perco no caminho...
Correrei o bastante para conseguir dar um passo a frente.

Não se perca no melhor que posso ser, o caminho de volta é muito mais lhano.
Sua falsidade é o que há de mais verdadeiro em você
Sua carência, minha cólera

Para quem nunca pensou, meu pravo raciocínio já lhe bastaria...




                                                                Bruno Levhiatan, 25/10/11

domingo, 16 de outubro de 2011

Problemas

Não! Eu posso ver as quedas tomadas durante o caminho, parecem todas ter voltado...
...voltado como o tempo que se repete, o tempo voltou, pra perpetuar erros que não foram.
Eu posso ver; Caminhos perdidos quando longe coisas estúpidas aconteciam, quantas coisas longínquas chamavam, alertavam pra coisas que olhos não podem ver.
Fugir não foi a resposta, agora é só metade, problemas que não se pretendia causar.
Deveria ser tudo certo ou será que não?
Ninguém espera ser o problema, não quer causar problemas, nem pretende ser o problema.
Desespero vá para longe, desespero atraia pra longe, no ápice do desespero me desculpe.
...caído.

Mudanças

Eu queria voar.
Nunca ser ter sido cruel, ser como você.
Voar sem cair, viver uma vida, corrermos como amigos.
Nunca vamos ter a chance de mudar, não vamos ter a chance de mudar...
...eu queria viver apenas em silencio como o mundo, voando, viver novamente.
Voando sem ter que cair, tudo e nada, ser tão veloz...veloz como o vento.
Nada vai mudar? Não vai ser possível viver pra mudar? Viver pra ser a mudança?
Eu queria viver pra ser como tudo, ter alguma força e tornar tudo fácil...
Eu posso tentar explicar fácil como cantar uma musica e dizer, mas já é tudo fácil como observar o dia, talvez haja como mudar, não vai viver muito pra mudar, não vou ter como dizer o que mudar em um dia único.
Não podemos mudar, eu queria viver com o mundo preso na minha caixa e modificar tudo, modificar a ponto de fazer com que tudo fosse mais fácil.
...eu queria viver antes do mundo e do sol se pôr.

Alta velocidade

Tudo de volta ao inicio.
Tudo igual a coisas boas mesmo não tendo como diferenciar-se do passado.
As coisas seguem em alta velocidade, uma a qual não se consegue acompanhar.
Evitando o passado que já se conhece e não se quer reviver, antes e depois da minha cabeça estar posta a prémio, quanto se pode tirar do nada que achou que se tinha e quanto se podia ter ganhado em uma matemática de resultado absolutamente negativo?
Quanta velocidade...pessoa alguma poderia ter começado assim, mesmo podendo terminar de qualquer jeito,  as muitas vitimas de erros fatais...às custas de felicidades fatais.
Alta velocidade que tanto se quis... alta velocidade destruindo tudo que por um momento pareceu real...alta velocidade.

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Arrefecido Decesso





Está me deixando insano, já não sei mais o que faço... O Silêncio está muito alto.
Eu só preciso que você grite.
O último banquete está esfriando, já não sabem mais o que fazem.
Lhe elevando a outra dimensão, mais o que ainda estão procurando?
Essa é uma zona periogosa

Escavando mais uma cova, encarando mais uma hora....
A lição já foi feita, onde estamos agora?

Estamos de ressaca, encararei mais uma dose, às doze partiremos.
Como você pode julgar meu erro, se nunca soube a verdade?
Não fuja se não tem pra onde ir...

Escavando mais uma cova, encarando mais um dia...
Onde estaremos depois? A lição já foi respondida.

Um pouco hébrio, espere mais um pouco.
Ao longe avisto a nuvem carregada se aproximando, de tempos em tempos ela aparece, escurecendo a visão e clareando o decesso.






                                                                            Bruno Levhiatan, 10/10/11

sábado, 8 de outubro de 2011

Logosofia




Dizem que somos a imagem e semelhança de um certo "criador"; Não passamos de uns vermes.
Dizem que os sonhos um dia se realizarão; Tudo não passa de uma ilusão.
Dizem que devemos mudar sempre, pensamento estático...

Suspenso num pedestal, rastejando em pensamentos...
Fazendo jogos sórdidos, preservando-se com sua máscara
Faça meu serviço com a "cara limpa"!

Seu sonho, meu desespero
Suas verdades, minhas mentiras
Minhas verdades, seu desespero
Sua dor, meu prazer

Seus olhos se fecham o ódio toma conta
Sua dor é somente o que sinto... razões para ir embora ficam eminentes
Pena e desprezo por você não saber o que dizer
Faça seus sonhos minha realidade
Faça sua verdade minha mentira
E suas mentiras perdurarão ainda por muito tempo...

Ilusão Delboeuf anexo a de Muller-Lyer.




                                                                             Bruno Levhiatan, 08/10/11

Morredouro





Estou recluso no melhor que posso ser... incubido de me aproximar ainda mais de mim, pra sempre será assim
Nunca abri muito a mente... a vida é muito mais do que isso tudo...
Tento defrontar-se com o melhor para mim, abrindo a mente para algo novo, lá fora o sol ainda brilha, apesar de parecer noite.

Nunca me disseram o que fazer
Nunca me disseram para onde ir
Nunca "disseram" com um olhar

Nunca soube o que fazer...
Nunca soube onde estive, até perceber a hora de partir...

A força efêmera
A dor efêmera
Ainda fazem parte da memória

Ascendo mais um cigarro e meus pulmões não me deixam esquecer, que isso tudo irá acabar em breve...
Olho por olho, do pó para o pó

Teste sua fé, pegue outro caminho
Testa a testa, olho no olho, do pó para o pó

Enquanto muitos se "matam" para viver, outros tantos esperam pela morte.




                                                                Bruno Levhiatan,08/10/11

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Avida





Um sistema arruinado;
A doutrina inconfundivel que se confunde em seus glóbulos intravenosos
A queda utérina, extirpada pelo tempo
A negação de uma "afirmação" ainda inafirmada...
Entrelaçantes gorgeamentos vitais

Nada pior que um dia após o outro...

Corpos fechados... Mentes trancafiadas...
Colecione "abobrinhas" recheadas de soluções para um futuro próximo, por hora nada poderá ser feito...
Meu livre arbítrio, sua prisão existencial.
Um timbre agudo ecoa numa gravidade oscilante...

Tomo consciência da verdade... discutiremos as mentiras.
Nascer... morrer... Isso é tudo o que se há de fazer... O contéudo é o que determina a importância de algo perfunctório... Ser mais uma peça do "quebra-cabeça".

Sem fé, caminhando por brasas, sem encará-las como flores que me levarão a outro patamar...
Caminharei por sombras, sem esperar por uma luz no fim do túnel...
Nascer... morrer... Isso é tudo o que se há de fazer...




                                                                             Bruno Levhiatan (15/09/11)

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Alter Ego




Transmissões diretas, indiretas personas
Uma fábula dissimulada...
Demonstrações paralelas, um único sentido...
Outra fração perdida, encontrada facilmente pelo pavor insigne.
Guia o caminho escondido nas trincheiras dos anseios
Passos curtos ao longo de um caminho pernicioso

Outra parte - A mesma metade
Outro lado de um mesmo lado
Outro sonho de um pesadelo
O destemor em meio ao desespero
O desespero em meio a realidade

Dualidade... Como o orvalho depois de uma tempestade devastadora.
O homem, um verme... a ação direta de um ser indireto
Fugirei da realidade, me refugiarei na fração mais rasa da razão.

O ego ferido, o orgulho reconstruído
A reconstituição de um membro amputado
A fuga covarde que traz a coragem
O melhor amigo do seu maior inimigo 
A face oculta de um ser fictício; A parte mais real de um mundo irreal...

Deslizando lentamente por uma mente, não sabendo o que procurar, ou onde chegar...
Enxergando por esses olhos, não haveria melhor lugar para se estar.
Leve-me contigo por onde você for, onde ninguem saberá se é noite ou dia...



                                                                        Bruno Levhiatan (12/09/11)

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Óbices




A vida é curta para quem sempre possui planos.
A vida é longa para quem sempre está no limite.

A noite é breve para quem sempre esta sonhando.
E a noite é muito longa, para pesadelos recorrentes...

Passos que sobem uma escada, que nos levam ao andar mais baixo da percepção...
Descemos escadas para chegarmos mais alto adiante...
O que nos trouxe felicidade um dia se tornou a maior fonte de tortura posteriormente...
Tudo esta girando...
Tudo esta se camuflando...

É uma roda que podemos estar no topo e em seguida ela irá rolar por nós.
O doce amargo de viver... o azedo que envolve certos doces...
Luzes intermitentes interminavéis...

A eterna lição de desaprender o que havia aprendido...
Sempre tentar conhecer o desconhecido...
Compreender que o real é mais falso do que imaginavamos...
A verborréia se faz presente no livro mais vendido do mundo.

Na escuridão é onde se enxerga mais; A luz forte nos cega.
O paraíso de muitos é o inferno de outros.
Contrapontos serão sempre os pontos contras... a verdade será sempre um monte de mentiras que nunca nos questionaremos.

A vida é a "eterna" espera pela morte... a "eternidade" dura o tempo que a suportamos; A eternidade sempre morrerá... O breve durará o bastante para ser imortal.
O fim de um capítulo... O inicio de outro.





                                                                  Bruno Levhiatan (02/09/11)

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Estrofes Falidas




O Sol à tarde que explode seus miolos
Derrete o que resta dele - lhe abreviando... 
A hora do beijo, o último adeus...
Esta tudo caindo de vez...
Isso tudo abrevia agora...

Falecer gritando, sem liberar um ruído...
Esperar por tudo o que te atormenta chegar
Criar mais um pouco e deixar pra trás - Falar sobre tudo...

Você se dividiu em três... 
"Era pra ser o melhor de mim"... mais agora isso não é possivél, tudo isso te abrevia agora...
Isso tudo lhe abrevia, mais um pouco...

Cortando as asas, mais ainda querendo voar...
Lágrimas com chuva, criam um oceano de dúvidas
Tentanto falar com deus, mais uma vez ele não escutou...
Respondendo-lhe em sonhos, em algum lugar do passado; "- Se você não vai me salvar, por favor não desperdice meu tempo..."

Escurecendo a visão, mais ainda querendo enxergar...
Colocando-se em outros caminhos sinuosos que não se pode atravessar...

Esse é o som, que relembra o que passou.
Olhando para trás enxergando tudo voltar...
Tudo o que conquistou, foi um refúgio em ruínas.

O período esta acabando... o tempo esta acabando... o tempo...






                                                                  Bruno Levhiatan (01/09/11)

terça-feira, 30 de agosto de 2011

Quando...

Fácil lembrar de quando foi...
... Lembrar de quando éramos nós, mas agora só restou o eu, o outro já se foi.
Planos absolutamente performáticos mais com a absoluta insegurança de garantias totais; As que não se tinha pra dar, mas se esperava receber, só que não ganha-se nada quando não existe prémio.
Olhando daqui de cima tudo parece remoto e ao mesmo tempo infinito mais o infinito também acaba e todo controle do remoto é um remoto controle... Assim até soa repetido. Porém é assim que as coisas são, não se pode concertar um espelho que quebrou, apenas juntar cacos... Mais pra que? pra viver se machucando nas memorias ou tentar modificar o que não pode ser modificado mesmo à ferro e fogo? " é impossível repetir o que acontece só uma vez..."
Então antes de sair deste ponto consciente mais alto pense se pegar o retorno e começar a andar tudo outra vez não soa mais apropriado que insistir em um objeto moldado à base de capricho que vai do nada à parte alguma, refazer é bom pra poder acertar, a questão é desistir ou não.
Agora olhar tudo deste modo estranho e assustador fitando o próprio fim assim bem de perto fica fácil...
... Fácil lembrar quando foi...

Fôlego



Esses sons me dizem onde devo ir...
Sua voz continua a me guiar...
Em um lugar onde a percepção não é clara; Bastaria apenas mais um dia.

As imagens me levam para longe...
O tempo esta noite me esconde algo que sempre procurei...
Agora não se tem mais como fugir, a fumaça já encobre meus olhos.

Então olhe para mim, coloque suas mãos onde possa me aquecer...
Emerja agora, tudo mudou, respire mais uma vez.... bastaria apenas mais um dia.

Não é fácil recuperar o que parecia ter se perdido a bastante tempo...
Emerja agora como uma sombra que nasce diante do sol, já chegamos tão longe... já perdemos as chaves.
Respire mais uma vez, só preciso de mais um pouco de ar.

Quando se vive na escuridão qualquer resquício de luz, serve como guia, quando se vive submerso, qualquer fôlego é uma salvação.
Tudo já passou e algo restou... todos já foram e aqui estou... velhas noticias são novos consolos... 
Respire lentamente e traga meu fôlego.

Não preciso de todo o tempo do mundo... bastaria apenas mais um dia...
Não perderemos mais tempo, hoje é o dia.




                                                              Bruno Levhiatan (30/08/11)

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Inválidos...

Já tentou ir a muitos lugares...
Lugares esses onde seus simplórios desejos não podem leva-lo e nem suas pobres pernas também.
Tudo por ser um amontoado de sentimentos inválidos, por observar que nada que se fez foi bom.
Não há muito do que se queixar, quando se é um "quebrado" notoriamente não há esperança de concerto.
Faz cada vez mais frio aqui, não há cobertores, nem companhias mais a essa altura não incomoda mais.
O sonho é um dia poder dançar essa musica, dançar na companhia dos outros degenerados...
.. Mais eles são outras pessoas agora e aqui só há algo completamente diferente...coisas completamente diferentes. Justo quando tudo parecia bom me descobri sendo só...isso!
Ouvindo a melodia dos sem esperança, usurpador de alheias felicidades, um triste-alegre infeliz.
Só isso aqui envolto em pensamentos construtivos e sentimentos destrutivos posto em minha cadeira de rodas imaginarias servindo-me de aleijão, juiz e júri, preso a um factoide mal propagado...mal elaborado...
.. Agora não faça barulho.

Ato & Impulso

O que impulsiona um homem em muitas direções...
...mas ao mesmo tempo... Paralisa esse homem?
Lembranças, não de hoje mais de muito tempo, como uma carta que conta toda uma historia.
Historias de rejeição, de alguém que partiu e alguém que partiu cedo demais deste mundo, as tantas coisas que aconteceram e os tantos inimigos criados; Um dia o maior e no outro nem isso.
Acorrentado em minha vastidão inóspita muito maior do que se pode imaginar, um lugar onde a noite brilha como o dia, onde eu me perco em recordações que hoje são como estar embriagado... Uma viajem com retorno infernal.
O que faz o bom ser mal...
...ou atrai um ao outro? O que eu será?
O que impulsiona um homem em muitas direções...
...mas ao mesmo tempo... Paralisa esse homem?
Em algum lugar do passado havia sonhos, sonhos massacrados por emoções, hoje tudo que se pode perguntar é se os sonhos ainda vivem ou levou-se tempo demais pra perceber que eles foram enclausurados... Em uma prisão sem saída?
Prisão inexpugnável essa que se abre, como memorias que se abrem... Memorias de um jogo prestes a terminar.
Como as sombras se revelando sem piedade. Justo quando não há mais no que crer e justo quando mesmo havendo dualidade só resta uma direção, agora só os motivos pra odiar a si mesmo ficaram e não se tem pra onde voltar, nem ao passado.
No fim tudo foi o nada e o nada apenas um jogo.
O que impulsiona um homem em muitas direções...
...mas ao mesmo tempo... Paralisa esse homem?
Os pensamentos dele.

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Silêncio Remoto




Entre tormentas e raios, sem destino...
Sem enxergar, sem respirar...
O trovão corta a luz, no horizonte não existe mais saída...
Conquistei a "misericórdia" - A queda é inevitavél...

Esse silêncio remoto, confunde a ilusão
Feridos, exaustos, onde estão?

A verdade não está mais em questão, já foi respondida - perderei meu tempo com mentiras.
Quando o silêncio, é todo o ruído a ser escutado - Quando perde-se a chave da última porta - A queda é inevitavél.

Estão enfermos, atrás do último portal do destino...
Desolados - Isolados
Nas veias circulam palavras decadentes que bombeiam um coração moribundo - A queda é inevitavél.

Como um raio o silêncio corta o fragor...
Silenciosamente não sinto mais essa dor...

Palavras que agridem a perspicaz doutrina cética...
Entre palavras insensatas,inebriadas entre contos de fadas, lendas religiosas... com vozes fragilizadas, permanecerei em silêncio, escutarei o silêncio.



                                                                Bruno Levhiatan (12/08/11)