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Bruno Levhiatan Muscal Almada

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Erro Fatal

Um de nós não devia estar aqui, não devia porque não devia.
Não importa quem de nós, um de nós já devia ter partido...
...ou será que partiu sem avisar? não importa odeio despedidas.
Porque alguém tem que ficar e colher os pedaços do  que a inconseqüência mascarada por um falso apreço causou.
Bonito para os que na ocasião são alguém e feio para quem em qualquer ocasião é ninguém.
Ficar e esperar por algum respeito...melhor caminhar na rua, no meio da chuva em um lugar desconhecido e ouvindo a tristeza rir em cada esquina.
Porque o erro foi sempre ter estado lá e acreditar que melhorar o que já está sepultado a muito por uma doença mortal seria possível.

Tênue Navalha



A vida segue... siga a vida...
Tão inocente as vezes, tão estupida cotidianamente...
Tão doce por pouco tempo e tão amarga agora...

Pessoas importantes nos atiram as pedras mais pesadas...
Mais uma passada recusada, outra porta fechada...

A dor já passou, o que sobrou foi sua marca... essa nunca irá cicatrizar...
Viver é entender o que muitas vezes gostariamos que fosse a piada do século... viver é descobrir que as coisas que pensamos ser "pequenas" são as que mais fazem a diferença em grandes decisões.
Compreender que nossa existência é vazia, preenche toda nossa sabedoria...

Idéias fixas... dores passageiras
Passageiras idéias... eternas dúvidas

Muitos preocupam-se com sua morte e esquecem de viver... quem nunca "viveu" jamais irá morrer...
Muitos preocupam-se mais com suas crenças do que com sua realidade...

Crescer é saber onde caminhar... farei uma caminhada "elavada".



                                                                        Bruno Levhiatan (29/06/11)

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Arrelias Vita




Gostaria de falar sobre os pássaros, mas a maioria estão em extinção
Gostaria de falar sobre as flores, mas a maioria já estão mortas...
Gostaria de falar do futuro, mas ele não virá...
Gostaria de falar sobre o passado, mas ele se perdeu no tempo...
Gostaria de falar do presente, mas ele esta incompreendível...
Gostaria de falar sobre a vida... mas ela nunca mostrou-se a mim...
Gostaria de falar sobre as vitórias, mas elas nunca fizeram minha cabeça; Já as derrotas... são digeridas...e esquecidas...
Gostaria de falar sobre a fé... mas falta-me a paciência de aprender a doutrina inlúcida...
Gostaria de falar sobre deus... esperarei ele pronunciar-se primeiro, enquanto isso ascenderei mais um cigarro...
Gostaria de falar do amor... mas não fomos apresentados (ainda[talvez])... enquanto isso degusto mais uma dose de whisky...
Gostaria de falar sobre a filosófia, mas isso requer muito tempo...
Gostaria de falar sobre sexo... bom... mas o melhor mesmo não é falar sobre...

Enquanto espero mais uma oportunidade, degustarei o sabor meio amargo do todo que resta e sentirei seu aroma inconfundivél nicotinado por mais um tempo...

Não gostaria de estar aqui... e isso se concretizarar em breve...





                                                                      Bruno Levhiatan (22/06/11)

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Sombra Líquida



Sujeitos a tudo, dispersos pelo nada
Sujeitos ao nada... restaria tudo...

Dizendo-me onde irei... as vezes atravéz de mim, tirando meu corpo do chão...
Sombras liquidas despertam em meus olhos...
Tão lenta como balas prateadas...
Peço ao tempo que não desapareça

Renascendo no céu, sombras liquidas são mais fortes
Pelas dores sobrevivem... correndo por fora da mente
Derramando destruição por longos caminhos...

Reflexão refletida, auto-congratulação distinta
Esperando mais um dia raiar para mais uma vez sucumbir...

Correndo por fora da mente, concorrendo com o frivolo
Pedindo ao tempo que não desapareça
Soando atravessado, mais uma manhã nasce e morre sem iluminar-se
Tão fácil de prosseguir sem o olhar
Morrendo a cada noite

Sonhos nunca dirão para que servem
Sempre atravessarão a janela do lúcido...

Um longo periodo para mudar, sem sair do lugar as janelas sempre irão se fechar, sem nenhum significado aparente.
Tudo ao meu redor esta se desmoronando, sem nunca ter seu objetivo realizado...
É fácil de se prosseguir quando nunca houve razão de ser.

O coração continuará a bater enquanto o cerebro aprovar sua fútil existência...
Perdido no espaço e tempo, mesmo assim bombeando.
O futuro é o passado e recorre no presente.

Cores frias, odores fétidos...
Visões distorcidas, sentido ignorado
A sombra desaparece aos poucos...
Esperando mais um dia nascer e falecer...



                                                            Bruno Levhiatan 20/06/11

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Processo Destrutivo

Dor...
Tudo o que tem aqui pra apreciar é a dor e algumas doses de lamento.
Justo quando toda a fé foi embora sem nenhuma promessa de retorno.
A dor está aqui, não espere que ela vá embora, por que não é ela que não tem onde ir.
A velocidade é boa pra refrear toda bondade que a calma espera que exista.
Bondade somente quando necessário, somente quando houver tempo e este que fique onde está.
Não há tempo. Por que simplesmente não se pode ter mais algum tempo sobrando.
As coisas estão onde deveriam?
É realmente tudo tão justo quanto se pensou?
E bom? Perguntas sem nenhuma resposta.
Respostas sem nenhuma pergunta, conexões perdidas, incompatibilidade de gênios. Esqueça!
Cada coisa em seu canto pronto...quando a dor e a desilusão chegarem que tragam a solidão consigo. 

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Acaso Previsto



Em mais ou menos dias... nada fará mais sentido...
Por esses dias, tentarei; e não será mais possível...
Logo em breve, respirar será impossivél...
Por esses dias, tentarei caminhar e não conseguirei...

Em mais ou menos dias, o nada será minha rotina...
Por esses dias, o som será um completo silêncio...
Logo em breve, enxergar não será mais possível...
Por esses dias todos os meus planos serão apenas lixo...

Toda dor desaparecerá... todos os objetivos não serão mais quistos...
Todos companheiros estarão ao longe...
Todas conquistas estarão perdidas...

Logo em breve... adiante...
Poderá ser daqui a oitenta anos, como poderá ser nesse instante...

Todo cigarro será tragado, toda bebida será derramada, logo em breve...
Toda comida será expelida, qualquer amor estará só...
Toda tristeza assim como toda alegria não valerá mais nada...
Todo caminho percorrido... todo tempo poupado, todo suor derramado...

Ao acaso pertencerá o que já esta previsto...
O previsto fará meu acaso um destino...
Logo adiante, estará fechado um ciclo...

Sem dor, sem ruído... apenas o fim de um ciclo.
Não adiantaria fugir, não adiantaria esquecer...
O acaso sempre foi previsto pelo destino.


                                                                      Bruno Levhiatan 13/06/11

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Arma comum

Hoje é hoje
Hoje foi amanha
E certamente será ontem
Não importa, quando não se tem boas perspectivas definitivamente não importa, hoje já acabou.
Hoje tento lembrar o que queria dizer enquanto troco a noite por um dia tranquilo.
Mais nada é o suficiente hoje, não querem o suficiente de hoje.
Me conceda uma dança, não feche a porta enquanto eu estiver olhando pra baixo e talvez eu goste mais de mim.
Ser comum não é uma arma e nem meu belo e infalível plano, talvez nem seja o suficiente...se é que era pra ser suficiente.
Que jeito de se terminar um dia, mais não tem importância...faz-se o que deve ser feito.

Estúpida Presença



Ore,reze... fale consigo mesmo...
Peça a deus, faça suas preces... comuniqui-se com o frívolo...
Organize seu pensamento para o inreal, deixe-o inerte...

Não há mal que não possa piorar, assim como não há bem que não possa melhorar...
Se esperar pelo acaso é apoiar-se em deus, confirme seu apoio no nulo...
Criaram um deus a sua imagem e semelhança, valores antigos e humanos
A eterna luta entre o real e o imaginário... concorrer contra a fé seria desleal, apoiar-se em sonhos e a medos escondidos, os toranaram uma crença...

Insultando minha perspicácia... insultando minha visão...

Sempre escondido, sempre onipresente... sempre ausente...
Sempre sábio, sempre onipotente... sempre omisso...
Sempre atento, sempre onisciente... sempre ignóbil...

A eterna luta entre existir e ser assassinado...
"Basta um em meu nome, me farei presente"... basta o fóssil jurássico para se fazer nulo...

Histórias mau contadas se farão presentes, enquanto houver a força de vontade de entender o não explicado...
Definha-se a presença de um ser esquartejado pela reciproca de tamanha estupidez.

O refugo dos refutados... 
O fim de uma premissa...
O inicio do caos...

O Apocalipse de um gênesis mal concebido.



                                                                               Bruno Levhiatan (08/06/11)

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Caos Aparente

Você vive de aparências... mas sua aparência é uma mera coincidência refletida do seu pior pesadelo...

Você se preocupa com sua aparência... enquanto definha-se por dentro...

Vale mais o que se quer ser, do que realmente se é...

Almejar... esperar...
Desistir... cair...

Quanto mais você quer ser algo... mais ao longe disso, você se encontra...
Encontre-se em meio ao caos...
Rasteje menos e respire mais... 
Aparência o "conteúdo" do inútil. 
                                                          Bruno Levhiatan (02/06/11)