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Bruno Levhiatan Muscal Almada

domingo, 12 de outubro de 2014

Modo Furtivo


Quando quero que tudo seja exatamente como imaginou, vejo exatamente o que gosto, o que você procura às vezes quando olha.
Quando pensou que podia esconder tudo sobre o criminoso que é.
Roubando tempo sobre tempo.
Apenas por quê você sabe que pode.
Mas não pode mais mentir sobre a estrada onde se meteu.
Está apenas alterando a verdade.
Não pode ser quem querem que seja, nem mentindo para si mesmo.
Por isso apenas existe.
Lembre das conversas, de tudo que aprendeu, das vozes à noite, do desespero...lembre-se disso e de tudo denovo.
Finja ser o eleito, aquele que se encaixa, vai ver quem realmente é, distorcendo os fatos, quanto mais forçar mais longe vai ficar.
Fugiu, se escondeu por não querer que as coisas fossem do modo que agora são; Melhor começar a correr.
Não há mais volta agora...
...Não quer ser posto de lado então deixe tudo e vá...
...vá buscar a vida que abandonou...
...prefira a solidão de qualquer lugar por conta própria...
...por que sua furtividade é a pior parte...
...a pior parte de nós.

domingo, 8 de dezembro de 2013

Laesio

Hoje acordei ferido.
Procurando por realidade.
Concentração à beira do abismo, tantas coisa para apagar, porém não lembro-me de nada.
Procuro pelo que sou e não encontro nada, uma hora tudo há de terminar.
Possuindo tudo isso, todo esse império de sujeira, parece desapontado.
Sentado ao redor de tantas pessoas bonitas e que apenas sabem mentir bem, com todos aqueles brinquedos e luzes bonitas, que você quebrou e não tem como consertar.
Acreditando em um tempo perdido, sentindo tudo desaparecer, você parece desesperado e apenas grita para saberem que ainda está aqui.
Você é uma outra pessoa, e o outro é alguém a quem nada restou.
No fim todos vão embora.
Desejo começar tudo de novo...
...Umas milhas distante...
...Manter-me com meu interior...
...Encontrar uma saída daqui.

sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

Aporto

Confusões no principio.
O mundo parece mais frio agora.
A ideia era viver bem no inicio, com coisas coubessem nos bolsos, não vender a sanidade por moedas de prata.
Agora toda dor parece diferente, não é como quando roubam sua bicicleta.
Falência parece boa no limite de um poço profundo, já tentou escalar paredes lisas?
O descaso é o bastante, à portas fechadas um imenso vazio se abre, não há saída. A mente é uma prisão feita sob medida para você.
Quanta pressão acha que esses muros podem suportar? Não há nada além do horizonte a não ser mais água.
Doenças que não bastam, melhor procurar madeira para um caixão, tão exaustivo.
Nunca mais volte...
palavras não são o bastante...
Siga em frente...se jogue da beira...
Se deixe cair
Vá onde nenhum desavisado jamais foi.

domingo, 1 de dezembro de 2013

Mentior

Aquelas coisas que nunca foram ditas.
Aquelas coisas jamais serão ditas.
Tantas coisas para dizer.
Nada mais é admirável.
Como um sol que não aquece.
Palavras insensatas, pensamentos imprecisos. Desperdício de um tempo precioso.
Nesse tempo sem sonhos nada é o que quer dizer.
Um instrumento que não toca, porém você escuta!
Um mundo acabado que não acaba, lugar que não é bom, com coisas que você não sabe do antes.
Sem grande ajuda, com as promessas de grandes saltos que não lhe soltam da gaiola.
Belas são as grades que garantem nossa liberdade; Mesmo com a boca aberta nada lhe quer dizer, o som não sai.
Nada para valorizar, jaz sem ícones...
...sem lugar para ser...
...sem lugar para mim...
...vida trajando morte.