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Bruno Levhiatan Muscal Almada

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Avida





Um sistema arruinado;
A doutrina inconfundivel que se confunde em seus glóbulos intravenosos
A queda utérina, extirpada pelo tempo
A negação de uma "afirmação" ainda inafirmada...
Entrelaçantes gorgeamentos vitais

Nada pior que um dia após o outro...

Corpos fechados... Mentes trancafiadas...
Colecione "abobrinhas" recheadas de soluções para um futuro próximo, por hora nada poderá ser feito...
Meu livre arbítrio, sua prisão existencial.
Um timbre agudo ecoa numa gravidade oscilante...

Tomo consciência da verdade... discutiremos as mentiras.
Nascer... morrer... Isso é tudo o que se há de fazer... O contéudo é o que determina a importância de algo perfunctório... Ser mais uma peça do "quebra-cabeça".

Sem fé, caminhando por brasas, sem encará-las como flores que me levarão a outro patamar...
Caminharei por sombras, sem esperar por uma luz no fim do túnel...
Nascer... morrer... Isso é tudo o que se há de fazer...




                                                                             Bruno Levhiatan (15/09/11)

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Alter Ego




Transmissões diretas, indiretas personas
Uma fábula dissimulada...
Demonstrações paralelas, um único sentido...
Outra fração perdida, encontrada facilmente pelo pavor insigne.
Guia o caminho escondido nas trincheiras dos anseios
Passos curtos ao longo de um caminho pernicioso

Outra parte - A mesma metade
Outro lado de um mesmo lado
Outro sonho de um pesadelo
O destemor em meio ao desespero
O desespero em meio a realidade

Dualidade... Como o orvalho depois de uma tempestade devastadora.
O homem, um verme... a ação direta de um ser indireto
Fugirei da realidade, me refugiarei na fração mais rasa da razão.

O ego ferido, o orgulho reconstruído
A reconstituição de um membro amputado
A fuga covarde que traz a coragem
O melhor amigo do seu maior inimigo 
A face oculta de um ser fictício; A parte mais real de um mundo irreal...

Deslizando lentamente por uma mente, não sabendo o que procurar, ou onde chegar...
Enxergando por esses olhos, não haveria melhor lugar para se estar.
Leve-me contigo por onde você for, onde ninguem saberá se é noite ou dia...



                                                                        Bruno Levhiatan (12/09/11)

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Óbices




A vida é curta para quem sempre possui planos.
A vida é longa para quem sempre está no limite.

A noite é breve para quem sempre esta sonhando.
E a noite é muito longa, para pesadelos recorrentes...

Passos que sobem uma escada, que nos levam ao andar mais baixo da percepção...
Descemos escadas para chegarmos mais alto adiante...
O que nos trouxe felicidade um dia se tornou a maior fonte de tortura posteriormente...
Tudo esta girando...
Tudo esta se camuflando...

É uma roda que podemos estar no topo e em seguida ela irá rolar por nós.
O doce amargo de viver... o azedo que envolve certos doces...
Luzes intermitentes interminavéis...

A eterna lição de desaprender o que havia aprendido...
Sempre tentar conhecer o desconhecido...
Compreender que o real é mais falso do que imaginavamos...
A verborréia se faz presente no livro mais vendido do mundo.

Na escuridão é onde se enxerga mais; A luz forte nos cega.
O paraíso de muitos é o inferno de outros.
Contrapontos serão sempre os pontos contras... a verdade será sempre um monte de mentiras que nunca nos questionaremos.

A vida é a "eterna" espera pela morte... a "eternidade" dura o tempo que a suportamos; A eternidade sempre morrerá... O breve durará o bastante para ser imortal.
O fim de um capítulo... O inicio de outro.





                                                                  Bruno Levhiatan (02/09/11)

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Estrofes Falidas




O Sol à tarde que explode seus miolos
Derrete o que resta dele - lhe abreviando... 
A hora do beijo, o último adeus...
Esta tudo caindo de vez...
Isso tudo abrevia agora...

Falecer gritando, sem liberar um ruído...
Esperar por tudo o que te atormenta chegar
Criar mais um pouco e deixar pra trás - Falar sobre tudo...

Você se dividiu em três... 
"Era pra ser o melhor de mim"... mais agora isso não é possivél, tudo isso te abrevia agora...
Isso tudo lhe abrevia, mais um pouco...

Cortando as asas, mais ainda querendo voar...
Lágrimas com chuva, criam um oceano de dúvidas
Tentanto falar com deus, mais uma vez ele não escutou...
Respondendo-lhe em sonhos, em algum lugar do passado; "- Se você não vai me salvar, por favor não desperdice meu tempo..."

Escurecendo a visão, mais ainda querendo enxergar...
Colocando-se em outros caminhos sinuosos que não se pode atravessar...

Esse é o som, que relembra o que passou.
Olhando para trás enxergando tudo voltar...
Tudo o que conquistou, foi um refúgio em ruínas.

O período esta acabando... o tempo esta acabando... o tempo...






                                                                  Bruno Levhiatan (01/09/11)